Vereadores criam frente parlamentar contra privatizações

Diante da alardeada crise nas finanças do Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori parcelou o salário dos servidores estaduais, sugeriu o aumento de impostos e propôs a extinção de fundações públicas, entre outras medidas. Temerosos sobre quais podem ser os próximos alvos do Executivo gaúcho na busca do equilíbrio das contas, vereadores e sindicalistas lançaram, na tarde desta terça-feira (22/9), no Auditório Ana Terra da Câmara Municipal de Porto Alegre, a Frente Parlamentar pela renovação da concessão da CEEE e pelo fortalecimento da CEEE, da Corsan, do Banrisul, da Sulgás e da CRM.

Os ativistas enfatizaram que, em sua visão, vender patrimônio público é prejudicar sobretudo os pobres, que mais necessitam do Estado. Proponente da iniciativa, o vereador Airto Ferronato (PSB) contou que a venda do Estado é um tema recorrente ao longo das décadas. "Privatizar é jogar fora o patrimônio público. Não pagaríamos a nossa dívida com a União e ficaríamos sem patrimônio", resumiu. Ferronato disse temer que o setor de cartões do Banrisul, bastante lucrativo, seja entregue à iniciativa privada, o que, segundo ele, pode ocorrer em breve se a Assembleia Legislativa votar favoravelmente. Em função de brechas na lei, a transação não teria que passar pelo aval de um plebiscito estadual, como costuma acontecer com projetos de mesmo teor. "Eles só querem administrar os filés, as partes lucrativas das empresas", indignou-se. Os representantes do Sindicato dos trabalhadores da Empresa Estadual de Silos e Armazéns (CESA) também aderiram ao movimento.(IMPRENSA CMPA)

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