O repórter Esso em ação


Ferronato e Hagemann em conversa animada acima. Abaixo o repórter Esso ergue um troféu

Sexta-feira última (27/04) encontramos o nosso amigo Lauro Hagemann, em Guaíba, numa janta entre gente chegada. Ele foi o locutor do repórter Esso, a síntese noticiosa que fez história no rádio brasileiro, a partir da década de 40 até meados dos anos 70. Lauro Hagemann fez parte da equipe gaúcha a partir de 1950, período em que veio morar em Porto Alegre, vindo de sua terra natal, Santa Cruz do Sul. Tornou-se um ícone do radiojornalismo pela exatidão de suas palavras, as quais lhe auferiram credibilidade e prestígio. Acompanhou como repórter Esso os grandes conflitos da Guerra Fria como a Guerra da Coreia, os levantes da Hungria, a guerra do Vietnã e Camboja, o Maio Francês, a Primavera de Praga, a crise dos mísseis em Cuba. 
 Da história do Brasil cobriu os último anos e dias de Getúlio Vargas, as sucessivas tentativas de golpes militares, a reação da Rede da Legalidade, a ascensão e queda de João Goulart, e finalmente, a tomada do poder pela junta militar. 
No mundo esportivo leu notícias como a derrota da seleção brasileira para o Uruguai no Maracanã, e depois, os três primeiros campeonatos de futebol, 58, 62 e 70.
De modo que nos dias atuais Hagemann é cultuado principalmente por estudantes de jornalismo e novos profissionais do rádio. Já foi até tema de tese de doutorado. Na política, sempre com posicionamentos de homem de esquerda, abrigado no velho Partidão, e agora no PSB, esteve à frente das lutas em favor da democracia, dos direitos sociais e políticos do povo brasileiro. Cassado e anistiado, Lauro continua por aí, com sua memória irreparável, a relatar fatos da história recente do nosso país, Tive a honra de dividir com ele o plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre em legislaturas passadas. (Fernando Cibelli de Castro da equipe de comunicação e informação de Airto Ferronato)

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